sexta-feira, 28 de junho de 2013

Renove suas energias no estudo: mostre a si mesmo que está aprendendo

Muita gente sonha com alugar um carro e percorrer os 3.945 quilômetros da rota 66, uma das mais famosas estradas federais dos Estados Unidos, que liga Chicago (Illinois) a Santa Mônica (Califórnia). Que férias legais para quem gosta de dirigir, não? Mas suponha que o carro só possa andar a 1 metro por minuto. Daí, se o turista partisse de Chicago em junho desde ano, só chegaria a Santa Mônica em dezembro de 2020.
É assim que me sinto ao estudar matemática: estou numa rota superlegal, a paisagem é ótima, acho aventuras em cada parada à beira do caminho — mas viajo excessivamente devagar. Folheio um de meus livros e vejo que, 400 páginas à frente, há explicações e exercícios interessantes sobre números hipercomplexos. Quando chegar lá, sei que vou me divertir, mas às vezes fico duas semanas numa única página desse livro, pois ela contém exercícios difíceis e tenho apenas umas poucas horas por dia para estudar matemática.
Não se trata de um problema só da matemática: muitas outras empreitadas humanas se desenvolvem devagar. Comprar uma casa, e pagá-la completamente, leva anos. Também leva anos criar um filho, ou fundar uma empresa e se estabelecer como patrão e parceiro de negócios confiável. Mas a matemática, comparada a tais empreitadas, tem uma desvantagem: ela é mais abandonável.
Pensando bem, percebo que folheio o livro justamente para ter uma ideia do que aprenderei um dia, e faço isso porque meu ânimo fraqueja. Uma espiadela no futuro me ajuda a perseverar. Este mês, eis o meu ponto: para se dedicar à matemática sempre com afinco, o estudante deve recorrer a um recurso muito usado nas religiões — o ritual periódico, no qual renova as energias e a fé. Um ritual que funciona para mim: toda semana abro um de meus livros já lidos e resolvo um exercício a esmo; em geral, chego à solução mais facilmente que da primeira vez. É sinal de que estou aprendendo (estudar coisas novas, e mais difíceis, nos deixa mais fluentes nas coisas antigas), o que me deixa animado de novo.
Fonte: Revista Cálculo 
Junho/13

sábado, 22 de junho de 2013

Plano de Aula

Desenvolvendo o conceito de fração.
Grupo 6 - Professores Participantes:
Sandra Ester Capozzi
Silvia Borges Klama
Silvia Paula de Melo
Valéria Cândida de Carvalho Borges
Valéria Augusta da Silva
Wilton Alves de Carvalho


Disciplina: 
Matemática e suas Tecnologias
Bloco Temático: 
Número e Relações
Eixo Norteador: 
Números
Público Alvo: 
6º ano
Tempo estimado:
8 (oito) aulas

Objetivos: 
  • Compreender o conceito de fração em diferentes situações.
  • Ler as frações e identificar seus elementos
  • Reconhecer frações próprias e impróprias.
  • Efetuar adição, subtração, multiplicação e divisão com frações.                  

Justificativa:  
Apresentar aos alunos as frações como uma importante maneira de representar quantidades não inteiras que constantemente aparecem em situações do cotidiano.
Procedimentos metodológicos: 
Revisão de conteúdos - números decimais;
Identificar as frações como representação de quantidades não inteiras.
                                                    
Desenvolvimento:
1ª aula:  
Leitura e discussão do texto “Descobrindo a fração”.
Levantar questionamento sobre os materiais utilizados na época para medição, o que difere na atualidade, quais locais no nosso cotidiano encontramos a presença de frações (tanque de combustível 1/4, 3/4 , ferramentas - chave de boca 3/4 , medidores utilizados em cozinha 1/4, ½,  3/4, 1 xícara).
Produção de texto apontando os pontos mais interessantes da leitura, discussão.

2ª aula: 
Apresentação dos conceitos de fração (numerador, denominador e leitura de número fracionário);
Identificar frações de figuras com partes pintadas;
Escrever como se lê cada fração.

3ª aula: 
Conceituando frações próprias e impróprias. 
Atividades de fixação.

4ª aula:  
Frações equivalentes - definição. Simplificação de frações.
Utilização do computador (Acessa Escola) para resolução de exercícios online.

5ª aula: 
Operação com números fracionários: adição e subtração. Exercícios de aprendizagem.
Atividades de fixação.

6ª aula: 
Multiplicação e divisão com números fracionários. Exercícios de aprendizagem.
Atividades de fixação

7ª aula:
Atividades diversas contextualizadas com situações problemas verificando métodos utilizados para resolução.

8ª aula: 
Avaliação de Aprendizagens.
Discussão dos resultados.

Recursos metodológicos utilizados: 
lousa, giz, caderno do aluno, livro didático, computador, material impresso.

Avaliação: 
Verificação constante das aprendizagens através de competências utilizadas, pensamento matemático, organização, participação, interação com os colegas, comunicação verbal e produção.
Recuperação paralela e continua durante o processo.
Avaliação escrita  buscando analisar estratégias utilizadas para resolução dos problemas e exercícios propostos.

Referência Bibliográfica:
Currículo do Estado de São Paulo;
Matriz de Referência Saresp
Caderno do aluno 6º ano volume 2;
Livro didático adotado Projeto Radix Matemática 6ªº ano;
Biblioteca pessoal do professor
www.igm1.mat.br/igm6/
www.proprofs.com/quiz-school/
www.educar.sc.usp.br/


Anexos
Aula 1:
Descobrindo a fração
Por volta do ano 3.000 a.C., um antigo faraó de nome Sesóstris... “... repartiu o solo do Egito às margens do rio Nilo entre seus habitantes. Se o rio levava qualquer parte do lote de um homem, o faraó mandava funcionários examinarem e determinarem por medida a extensão exata da perda.” Estas palavras foram escritas pelo historiador grego Heródoto, há cerca de 2.300 anos. O rio Nilo atravessa uma vasta planície. Uma vez por ano, na época das cheias, as águas do Nilo sobem muitos metros acima de seu leito normal, inundando uma vasta região ao longo de suas margens. Quando as águas baixam, deixam descobertas uma estreita faixa de terras férteis, prontas para o cultivo. Desde a Antiguidade, as águas do Nilo fertilizam os campos, beneficiando a agricultura do Egito. Foi nas terras férteis do vale deste rio que se desenvolveu a civilização egípcia. Cada metro de terra era precioso e tinha de ser muito bem cuidado.

Sesóstris repartiu estas preciosas terras entre uns poucos agricultores privilegiados. Todos os anos, durante o mês de junho, o nível das águas do Nilo começava a subir. Era o início da inundação, que durava até setembro. Ao avançar sobre as margens, o rio derrubava as cercas de pedra que cada agricultor usava par marcar os limites do terreno de cada agricultor. Usavam cordas para fazer a medição. Havia uma unidade de medida assinada na própria corda. As pessoas encarregadas de medir esticavam a corda e verificavam quantas vezes aquela unidade de medida estava contida nos lados do terreno. Daí, serem conhecidas como estiradores de cordas. No entanto, por mais adequada que fosse a unidade de medida escolhida, dificilmente cabia um número inteiro de vezes no lados do terreno. Foi por essa razão que os egípcios criaram um novo tipo de número: o número fracionário. Para representar os números fracionários, usavam frações.

As complicadas frações egípcias

Os egípcios interpretavam a fração somente como uma parte da unidade. Por isso, utilizavam apenas as frações unitárias, isto é, com numerador igual a 1. Para escrever as frações unitárias, colocavam um sinal oval alongado sobre o denominador. As outras frações eram expressas através de uma soma de frações de numerador 1. Os egípcios não colocavam o sinal de adição - + - entre as frações, porque os símbolos das operações ainda não tinham sido inventados. No sistema de numeração egípcio, os símbolos repetiam-se com muita frequência. Por isso, tanto os cálculos com números inteiros quanto aqueles que envolviam números fracionários eram muito complicados. Assim como os egípcios, outros povos também criaram o seu próprio sistema de numeração. Porém, na hora de efetuar os cálculos, em qualquer um dos sistemas empregados, as pessoas sempre esbarravam em alguma dificuldade. Apenas por volta do século III a.C. começou a se formar um sistema de numeração bem mais prático e eficiente do que os outros criados até então: o sistema de numeração romano.


Aula 5:



sexta-feira, 7 de junho de 2013

Ler é mais que fazer os olhos acompanharem algumas palavras num livro, é entregar-se, é entrar no contexto, é viver como personagem daquilo que lê.

Ismênia Nunes -Poetista

quinta-feira, 6 de junho de 2013


Poesia Matemática


Às folhas tantas 
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia 
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide, 
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida 
paralela à dela
até que se encontraram 
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação 
traçando 
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas. 
E enfim resolveram se casar
constituir um lar, 
mais que um lar, 
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade 
integral e diferencial. 
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes 
até aquele dia 
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu 
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos. 
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade. 
Era o triângulo, 
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração, 
a mais ordinária. 
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser 
moralidade
como aliás em qualquer 
sociedade.